A crise financeira é geral e ela tem devastado muitos casamentos que pareciam indissolúveis. Desse modo, o casamento e a crise financeira se tornam antagonistas.
Ah, sim. Muitos casais não conseguem atravessar uma crise financeira sem que a relação conjugal fique abalada durante o processo. Eles esquecem rapidamente dos votos matrimoniais que trocaram no altar com tanto fervor.
Por falarmos neles, você se lembra dos tradicionais votos que os noivos proclamam com a voz embargada pela emoção de se comprometerem com a pessoa amada?
Ao analisarmos o famoso trecho: “…prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias de nossas vidas, até que a morte nos separe”, notamos que as palavras proferidas com tanta emoção durante a cerimônia de casamento, são na verdade um aviso sobre como a fidelidade, o amor e o respeito serão postos à prova ao longo da relação.
O que ocorre na verdade, é que, quando o casamento acontece, a maioria dos noivos está tão apaixonada e envolvida em seu próprio conto de fadas, que nem consegue imaginar como os dissabores da vida podem afetá-los.
E é assim que o casamento e a crise financeira começam a se digladiar.
Como os noivos não estavam atentos ao aviso dos próprios votos, na primeira crise o caldo entorna.
Mas afinal, como atravessar uma crise financeira sem deixar que ela abale o casamento?
Bem, já nos primeiros meses, logo após a lua de mel, o casal começa a vivenciar a rotina, os prazeres e dissabores da vida a dois. O fato é que apenas os casais que se comprometem em manter uma parceria sincera, repleta de cumplicidade e união, conseguem atravessar uma crise financeira.
O casamento e a crise financeira são como água e óleo. Mas os casais que se unem e se comunicam entre si, expondo seus sentimentos, medos e anseios, conseguem driblar uma crise sem deixar que ela afete a lealdade, o respeito e amor compartilhado entre eles. Exatamente como manda o roteiro dos votos matrimoniais.
A crise financeira é talvez a maior oponente de um casamento. Pois a falta de dinheiro leva até os parceiros mais apaixonados a julgarem, culparem, desrespeitarem e se afastarem, desgastando assim o relacionamento.
Se pensarmos nas ações dos casais que se deixaram abalar pela crise financeira, notamos o quanto elas se tornam contraditórias diante da promessa de ser fiel, amar e respeitar na riqueza e na pobreza até que a morte os separe.
Na verdade, não é especificamente a falta de dinheiro que destrói os casamentos que não conseguem seguir pela crise. Mas sim a reação dos parceiros, diante de toda a situação.
Ser atencioso, carinhoso, compreensivo, amoroso, paciente e amável quando se goza de uma vida confortável é fácil. O desafio é exatamente manter a cumplicidade e o carinho diante das restrições encontradas no processo, sempre lembrando que, nenhuma situação é permanente.